nada cai do céu. custa muita loucura. algo semelhante a gotas de sangue numa folha em branco. inesperado como um blecaute quando dentro do elevador, ou giletes sujas embaladas em celofane. um dia serei um suicida aposentado, quem sabe um rebelde adaptado. só espero não precisar da família nem dos amigos nem dos cães nem dos gatos.
há algo de muito errado nesse quarto escuro, que consome minha alma com talheres descartáveis e luvas plásticas quando chega a madrugada. quando chega a madrugada. e seu cheiro quente e fétido no ar. quando o vento abre e fecha a janela anunciando mais uma tempestade. quando mais um blecaute apaga a vizinhança. prefiro ficar à minha própria espreita para poder entender essa falta de vontade. a verdade que intimida. o refugo. sobre nunca colocar as coisas no lugar. sobre uma longa e escura noite. um silêncio absoluto. um sujeito atormentado, pensando longe demais.
Wednesday, February 11, 2009
enderece e envie seus cartões postais. eu espero estar bem longe quando eles chegarem.
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5 comments:
queria te ver, to com saudade mas nem seu telefone tenho mais.
talvez a gente se esbarre em alguma calçada mas acho tão pouco provável.
nada se encaixa
de qualquer maneira... fique bem
você me conhece?
acho que não...
Escrevendo cada vez melhor. Abraços.
o que eu conheço de você é o que você me deixou conhecer Henrique.
bom, talvez se você assinasse tudo fosse mais fácil.
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