Tuesday, March 31, 2009
PJ Harvey & John Parish - "A Woman A Man Walked By" (baxaê)
escutei apenas a primeira música, acabei de puxar. boa de foder.
o outro disco que Polly Jean lançou com John Parish, “Dance Hall At Louse Point”, uns 12 anos atrás, é bem experimental, nenhuma música se assemelha a outra, cheio de microfonias, barulhos estranhos e sussurros ao vento. casca grossa. a guria se esgoela numa canção chamada “Taut”, acho, que é de arrepiar os cabelos da nuca, rola até vontade de conferir se a porta está mesmo trancada, com medo de que alguma criatura apareça. lembro que estava andando numa rua em Pinheiros, isso no milênio passado, daí entrei numa loja de discos e sem querer achei o CD ali no meio, o escondi em outra seção para poder voltar com dinheiro para comprar depois. e voltei e comprei. daí alguém foi em casa e levou emprestado e nunca mais o vi. esse novo não precisa comprar.
e deve ser de bom de foder também.
Monday, March 30, 2009
acredite nos outros. é fácil.
eles fazem campanhas anti-tabagistas, mas esquecem de alertar que o caráter falho, o vacilo e a culpa brocham mais que o cigarro. ela me diz morra e eu estou cansado para isso agora, embora tenha preguiça de viver sob conselhos decorados de alguma revista. esses filhos da puta. são espertos e legais e tratam da mamãe natureza com hipoglós. andam de terno e carros com os vidros fechados no calor do verão. mastigam bem pra caralho. não sei por quê, mas prefiro armas a tortas. cicatrizes a franjas. pedras a buquês. suicidas a conquistas. diarréia é bem melhor que cagar duro. não sei por quê, cuidado, mas não vou com a tua cara. pose para fotos e dê entrevistas com cara de pastel. em pleno século 21. acredite em jornais e na internet. nos figurões desdentados. acredite que aquele pau ainda possa levantar. facilite. lembre. e não se esqueça daquela fala quente decorada da mesma revista. decore mentiras que não existem mais. excesso de afeto e medo. fale como se evacuasse. não seja de ninguém mas aceite o próximo se houver algo em troca. nasça para dar certo abaixo da linha do Equador, por favor. mantenha e procure contatos. fale duas vezes para ser escutado. beije como se evacuasse. nunca deixe a cidade ou de atender o telefone por medo do esquecimento. permaneça branco e ocupado. o preço de ser livre e existir para os outros. vale a pena. pode crer.
Friday, March 27, 2009
sem fogo
Wednesday, March 25, 2009
um poema, um peido
se existe algo que detesto é gente como transpira conversa e encosta vão se foder por mim, conversava com os animais sou burro não sei falar. "para meu amigo Adriano, o Ninguém"um poema, um peido
Tuesday, March 24, 2009
fim da trilha/grande nada
Sunday, March 22, 2009
c`alma
Tuesday, March 17, 2009
Friday, March 13, 2009
Thursday, March 12, 2009
Tuesday, March 10, 2009
- Ei! Ei, Carlinhos! Tem um cigarro ai, mano do caraio?
Saco meu maço, tão amassado quanto a cara do Gervásio, e ofereço pra geral. Depois o isqueiro roda e volta, após certa insistência minha. Nada de novo acontece. Em lugar nenhum. Bebemos a cerveja gelada e nunca falamos de ambições ou planos. Eles aparentam não ter nada a dizer sobre eles mesmo, quanto menos eu. Por isso, falamos mal dos outros, apenas para rir de toda essa papagaiada séria que as pessoas acreditam que podem fingir ser. Nada como se fingir de alguma coisa. Só assim mesmo para se dar bem na vida. Eu quero mesmo é que se foda. E creio que esses caras também.
Afinal, que vá todo mundo tomar no olho do buraco do cu.
Gervásio levanta a perna esquerda e peida. Ninguém ri.
- Acho que vai chover – ele diz sorrindo com todos seus dentes amarelados pela nicotina e pelo crack – hein, Carlinhos?
- Sei não.
- Porra, tá dando até trovão.