dessa vez eu peço uma trégua. a estrada não me deixa dormir.
o ano foi um trator, um caminhão betoneira. não consigo avaliar nada depois de tanto trabalho loucura e álcool. a frenesi precisa baixar uma hora, seja com álcool, sexo ou um monte de porcaria. a mão pesada da ansiedade me chacoalha como uma garrafa pet cheia de gás. se eu tivesse forças poderia explodir. mas dessa apenas vez peço uma trégua. eu não posso dormir nem parar o formigamento. sleepwalking. a estrada me chama. eu a enxergo quando fecho os olhos e não consigo descansar. dizem que o mundo está acabando. não vejo mal nenhum nisso. quero minha garota no banco do passageiro, a magnolia elétrica, um crivo na canhota. o vento seco do nardeste. o asfalto. eu quero descobrir o tamanho da lua que afunda no céu.
Wednesday, December 23, 2015
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