Monday, October 03, 2011
medicina
Estou inchado como um barril. Um saco murcho de arrotos. Sinto dores desde o pescoço até o fim das costas – não, a bunda não dói, ainda. Minhas costas doem, desde a rebarba do pescoço até o quadril, do lado esquerdo. Sinto que minhas vértebras estão soltas numa sopa espessa de entranhas e líquidos quentes e impregnados de sangue, álcool e bosta. Ela não me dá trégua. Como um carcereiro sádico que me lembra o tempo todo, do fundo da luz no fim do túnel, que a chapa vai esquentar, parceiro. Tento permanecer chapado. Mover apenas o olhar. Rapid eye moviment. Tudo pareceria um sonho não fossem as porra das dores. O mundo me enchendo o saco o dia inteiro e minha cabeça tranqüila. Kill the body and the head Will die. Há pouco tempo atrás poderia socar paredes até jorrarem sangue nos meus olhos. Hoje preciso de analgésicos.
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