Tuesday, April 17, 2007

Embora o roteiro tenha sido muito bem adaptado, “O Cheiro do Ralo” não transparece tanto a loucura do protagonista quanto no livro, que é um tanto frenético e cheios de tiques esquizofrênicos, soando assim engraçadinho na maior parte da história para a platéia de imbecis do Espaço Unibanco, péssimo cinema, aliás. Colocam uma porrada de cadeiras pregadas no chão e cobram 16 reais de entrada para idiotas como eu, daí entramos e somos obrigados a assistir 75643 comerciais dum banco que não parece banco parece um açougue e de uma marca de cerveja que todo mundo toma e fica feliz e bonito cantando jingles. E como riem as pessoas aqui em São Paulo, mas voltando ao filme, o engraçadinho ali é fruto da mente rápida e perturbada de Lourenço Mutarelli, que escreve sem firulas já que sua praia mesmo são os quadrinhos. Ele tem estilo, até como ator. O filme, gravado em poucas locações, desce fácil com a troca rápida de personagens – muitos conhecidos de mesas de bar - e situações, e a fotografia foi uma das coisas que mais gostei, um tanto opaca, que saí dessa estética telenovela da Globo que impregna a maioria da produção nacional. Um bom filme.

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