No sabadão, debaixo dum pé-d’água na Fernão Dias, engatei a quinta e fui visitar Tiradentes neste nobre feriado. Enquanto notava a nuvem de poluição da metrópole sumir no retrovisor, pensava no alívio em fugir daqui. Sinto que mergulhei tão fundo nas feridas dessa cidade que nada mais me empolga, tudo é cada vez mais sem graça, a não ser os bares, entretanto, os bares não vão fechar, e a ressaca anda cobrando um preço muito alto pelo meu descontrole. Assim, voltei no tempo visitando Tiradentes. Essa cidade de 6 mil habitantes permanece intacta aos vidros espelhados, semáforos e flanelinhas. Tem até uma Maria Fumaça lá fazendo os olhos das crianças brilharem. Caminhei por suas ruas de pedras carregadas de história e fantasmas com a cabeça cheia de vinho. Subi a serra e afaguei os tantos vira-latas e cadelas de mil donos. Tive idéias fantásticas olhando pela janela da pousada e as esqueci na manhã seguinte. Minas Gerais é um lugar a ser explorado, tanto pelas paisagens de quadros de cozinha pintados por vovós quanto pela culinária simples e saborosa. O que dói e o retorno. A sensação de que o tempo voa mais rápido ultimamente. A estrada travada e todos aqueles motoristas, papaizões amargurados que insistem em não sair da pista esquerda e facilitar a vida de quem anda depressa.
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Muitos clipes dos Beatles aqui.
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Os SKATALITES tocam no Sesc Pompéia nos dias 17 e 18.
Segunda estarei no StudioSP.
Wednesday, May 02, 2007
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