Thursday, January 18, 2007
A escuridão aparece para me lembrar que estou ocupado tentando morrer. Escondo-me atrás da porta e descubro farelos de vida no assoalho. Meu sangue escorre em espiral pelo braço esquerdo. Fecho a porta e não sinto sua falta, apenas a ausência do seu fedor. Cuspo pela janela tentando limpar em vão todo o muco dos meus dentes. Estou ocupado tentando morrer. Eu não tenho medo mais. E escuto o sino da igreja daqui e todas aquelas canções com os olhos secos e a garganta solta como uma garrafa entornada que rola no chão sobre a poeira que gruda nas bordas e nas horas que esgotam no céu que desaparece e se mistura com o teto e tudo vira um círculo onde me enclausuro e sei que não existe razão nem saída.
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1 comment:
hmmm... bem que eu gostaria, carlos.
to atolada de trampo aqui.
fica proutra hora.
um beijo.
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