Wednesday, November 21, 2007
digamos que minha cabeça esteja funcionando muito bem após um período de ócio com baixo teor etílico, mas, ainda assim, não consigo definir porra nenhuma da noite passada. de quem era aquela arma de cano duplo? ou seria uma valise? no duelo que duelei estive pensando no que eles podiam estar pensando sobre o que eu pensava deles. errei meu disparo. fui alvejado entre os olhos e minhas memórias espatifaram-se contra a parede logo atrás de mim. agora minha camisa esta suja de sangue. ou seria café? eu não consigo parar de ouvir o blues. alguma coisa está mudando dentro de mim. calos. calos. calo diante da minha tristeza. a vida é uma subida enlameada. combinamos de nos encontrar pela manhã. queria te mostrar umas coisas que descobri numa revista de turismo. ou seria uma enciclopédia? eu não consigo parar de ouvir o blues. você não sabe nada sobre mim. nas horas mais escuras da madrugada. fiquei agachado no mato esperando o momento ideal. meus executores vacilaram com suas lanternas vasculhando o local errado. acertei o primeiro na nuca e, antes que seu corpo caísse, alvejei o tórax do outro. soltei os cachorros e peguei um ônibus pra itália. Ou seria líbano? nem sei mais por onde ando. do lado errado. no hotel sem cortinas fiquei olhando as pessoas na rua na chuva. lá de cima pude ver, através da vidraça com gotas cintilantes, o painel da farmácia apagando. ali, naquele exato momento, tive certeza de que nunca mais nos veríamos.
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