Friday, November 27, 2009

Quaisquer que sejam meus pontos de partida, novas tentativas, serão todas pequenas viagens da escuridão à luz do dia. Na rua Augusta, na praça Roosevelt, na estrada ou em casa. Onde quer que eu me sente, tudo será lembrança. Um rio cheio de destroços que escorre dentro de mim. Um rio cheio de esperanças estranguladas, sonhos dormentes e aspirações sem rumo e tangíveis como fezes vivas e fétidas boiando sob o céu púrpuro e assombroso da metrópole elevada. Vivo no subterrâneo. Escuro, sombrio e apaixonado pelo desconhecido óbvio e aterrorizante. Existo apenas quando tudo desmorona e vira pó. Sou feito de sombras musculosas.

1 comment:

Anonymous said...

Fala Carcarah, primeira vez que entro no teu blog. Gostei pra cara... deste teu texto. Li uma pancada de vezes, e várias vezes tentei escrever isso aí, sem sucesso. Parabéns!!! Acaba de ganhar um leitor!!! Abraço, Alexandre.