Monday, January 07, 2008

sem esse papo de luz

Começo o ano na pilha do Bo Diddley. Não posso querer mais “nada por enquanto”.

http://youtube.com/watch?v=xwdDomMm0o4

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Foi num hotel barato na Chapada dos Guimarães que tive meu primeiro contato com “100 Balas”. Isso agora, pouco tempo atrás. Estava tão vidrado no barato que saí na madrugada abafada da pequena cidade para procurar algum trailer aberto que pudesse me vender mais algumas cervejas para, assim, atrasar um pouco o final do volume “Um Blues para um Minuteman”. De inicio fiquei um pouco perdido pelo roteiro descompactado e a trama da HQ, já que não a peguei desde o começo e nem imaginava como era, apenas gostei do título e na Fest Comix estava uma pechincha. A narrativa de Brian Azzarello é impressionante, com diálogos quentes num clima neo-noir (como avisa o prefácio) batizado com a linguagem das ruas, agora junte isso aos desenhos do argentino Eduardo Risso e a coisa desanda. A arte do cara pode parecer simples e ligeira, mas é extremamente detalhada e os ângulos que o desgraçado pega são de fuder a bunda da tia, como uma visão atrás do ventilador de teto ou do reflexo do espelho quebrado do banheiro, sendo que a merda toda acontece lá dentro do quarto. Não assimilei muito bem as cores. 100 Balas está disponível em vários volumes ou 'trade paperbacks' - aqueles tijolos de capa dura envernizada que custam o olho da cara – da Opera Graphica Editora.

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